terça-feira, 30 de outubro de 2012

Linguística Histórica

A linguística histórica, dominante no século XIX, tem por objetivo classificar as línguas do mundo de acordo com suas raízes e descrever o seu desenvolvimento histórico. Na Europa do século XIX, a linguística privilegia o estudo comparativo-histórico das línguas indo-européias, preocupando-se especialmente em encontrar suas raízes comuns e em traçar seu desenvolvimento.


A preocupação com a descrição das línguas espalhou-se pelo mundo e milhares foram analisadas em vários graus de profundidade. Quando esse trabalho está em desenvolvimento no início do século XX na América do Norte, os linguístas se confrontam com línguas cujas estruturas se diferenciam fortemente do modelo europeu que é o mais familiar. Percebeu-se, assim, a necessidade de desenvolver uma teoria e métodos de análises da estrutura das línguas.

Para a linguística histórico-comparativa ser aplicada a línguas desconhecidas, o trabalho inicial do linguísta era fazer sua descrição completa. A linguagem verbal era, geralmente, vista como consistindo de vários níveis. O primeiro aspecto estrutural a ser estudado era a família fonética, que se preocupa com os sons da língua sem considerar o sentido. A fonética divide-se em três: articulatória, que estuda as posições e os movimentos labiais da língua e dos outros órgãos relacionados à produção da fala (como as pregas vocais); acústica, que lida com as propriedades do som; e auditiva, que lida com a percepção da fala.

O segundo nível é a fonologia, que identifica e estuda os menores elementos distintos (chamados fonemas) que podem diferenciar o significado das palavras. A fonologia também inclui sílabas, palavras e frases fonológicas e de acentuação e entonação.

O terceiro nível é a morfologia, que analisa as unidades com as quais as palavras são montadas, os morfemas (raízes, prefixos e sufixos). Essas são as menores unidades de sentido da gramática. Os falantes nativos reconhecem os morfemas como gramaticalmente significantes ou significativos.

Segundo (CALVET, 2002, p.35), é impossível separar a história da ciência linguística(mesmo que apenas uma semente) da prórpia história, pois ao teorizar as relações entre as línguas, reflete as relações da comunidade e ideologias dominantes da época em que estão presentes.


Postado por: Andréa Ferreira
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Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Lingu%C3%ADstica_hist%C3%B3rica

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