domingo, 4 de novembro de 2012

Articulação da linguagem

Dizer que a linguagem é articulada, é dizer que temos à nossa disposição um número limitado de peças e que podemos organizá-las e combiná-las de forma ilimitada, é claro, seguindo as regras da língua.

Essas peças são os fonemas e os morfemas. O fonema é a menor unidade de som e não possui sentido algum se usado sozinho, mas possui função distintiva.

Exemplo:

  m / ata  b / ata  p / ata

O morfema é a menor unidade de sentido. Ao contrário do fonema, o morfema ao ser adicionado a uma palavra pode mudar sua classe gramatical, gênero, etc.

Exemplo:

          menin / o  desenh / o
          menin / a desenh / a
  desenh / ista

No caso da troca do “o” pelo “a” na palavra “menino”, há uma mudança de gênero. Já na palavra “desenho”, a troca do “o” pelo “a”, acarreta uma mudança de classe, pois “desenho” é um substantivo e “desenha” é o verbo “desenhar” conjugado. E quando adicionamos o sufixo -ista ao radical “desenh”, a palavra continua sendo um substantivo¸ porém o sentido da palavra é outro. “Desenhista” é aquele que faz o desenho.

São essas características que comprovam a capacidade de se reestruturar de uma língua, a capacidade de se articular de acordo com o sentido e a intenção do emissor da sentença.

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Fonte: Manual de Linguística / Mário Eduardo Martelotta, (org.). - 1ª ed., 2ª reimpressão. - São Paulo : Contexto, 2009.

Um comentário:

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