quinta-feira, 1 de novembro de 2012

PRECONCEITO LINGUÍSTICO

Língua viva.


Dentro da estrutura de ensino brasileira, sempre tivemos como prática no ensino da língua portuguesa, de forma bem específica, uma cobrança no que diz respeito à forma normativa da gramática portuguesa. Os professores brasileiros em geral sempre se dedicaram a fortalecer a cristalização da língua portuguesa nos moldes da estrutura da língua portuguesa de Portugal. Deixando assim de lado os estudos sobre variações regionais da língua, suas transformações sociais com o passar dos anos e outros aspectos que compõe as variações de uma língua. Não se tem a prática de análise do funcionalismo da linguagem na educação brasileira, a não ser no ensino “superior” (universidade, academia).
É comum se ouvir frases do tipo: “o melhor português do Brasil é o falado pela população de São Luis” ou ainda “quem não fala direito (dentro dos padrões normativos) não tem conhecimento”. Essa prática, esse estereótipo do saber ainda se mantém até hoje, por falta de divulgação, disseminação da estrutura funcionalista da linguagem, seu poder de identificar as mudanças da língua em uma estrutura social, suas variações essenciais e vitais para uma língua tão rica e viva como a portuguesa. É preciso uma desmistificação desses acordos linguísticos que não “abarcam” o nosso cotidiano comunicativo. Dentro da linguística atual, já existem adeptos à ideia de se elaborar uma gramática brasileira própria, que “abarque” nossa realidade linguística, uma revitalização da estrutura lusitana, a fim de aproximar a população brasileira de uma comunicação cotidiana. Talvez nessa nova postura, se encontre a ideal forma de proximidade do funcionalismo ao formalismo em nossa língua portuguesa e, quem sabe, uma maior identificação dessa população com tantas variações étnicas.




Postado por: Hugo

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